Pessário Vaginal

22 outubro, 2025

Pessário Vaginal no Tratamento dos Prolapsos Genitais: Uma Opção Conservadora Eficaz

O prolapso genital feminino, especialmente o prolapso uterino e vesical, é uma condição frequente que afeta muitas mulheres, principalmente após a menopausa e partos múltiplos. Essa condição ocorre quando os músculos e tecidos de suporte do assoalho pélvico enfraquecem, permitindo que órgãos pélvicos — como o útero e a bexiga — desçam e, em casos mais graves, protraiam para a vagina.

O que é o Pessário Vaginal?

O pessário vaginal é um dispositivo médico, geralmente feito de silicone ou outro material biocompatível, inserido na vagina para apoiar a parede vaginal e os órgãos pélvicos, aliviando os sintomas do prolapso. É uma alternativa não cirúrgica e reversível, especialmente útil para mulheres que não desejam ou não podem passar por cirurgia.

Indicações do Uso do Pessário

  • Prolapso uterino grau leve a moderado (Grau I a III);

  • Prolapso vesical (cistocele) com sintomas desconfortáveis;

  • Pacientes que desejam postergar ou evitar cirurgia;

  • Mulheres com contraindicações cirúrgicas;

  • Durante a fase pré-operatória para alívio dos sintomas.

Benefícios do Pessário Vaginal

  • Alívio imediato dos sintomas: sensação de peso pélvico, incontinência urinária;

  • Redução do impacto na qualidade de vida: melhora do sono, redução da dor e do desconforto;

  • Preservação da anatomia vaginal: ajuda a manter o posicionamento dos órgãos;

  • Baixo custo e baixo risco: tratamento simples, seguro e eficaz;

  • Facilidade de uso: pode ser inserido e removido pela paciente ou pelo médico.

Como é feita a avaliação e escolha do pessário?

A adaptação do pessário deve ser feita por um profissional especializado, que avalia o tipo e grau do prolapso, o tamanho e formato da vagina, e as necessidades da paciente. Existem diversos modelos, como o anel, cuboide, donut, entre outros, e a escolha é personalizada para garantir conforto e eficácia.

Cuidados e Manutenção

  • O pessário deve ser limpo regularmente, conforme orientação médica;

  • Consultas periódicas são necessárias para avaliação do dispositivo e da saúde vaginal;

  • É importante que a paciente relate qualquer dor, sangramento ou corrimento;

  • Em casos de desconforto, o pessário pode ser ajustado ou substituído.

Quando a Cirurgia é Necessária?

Embora o pessário seja uma excelente alternativa conservadora, casos avançados de prolapso, falha na adaptação do pessário, ou sintomas persistentes podem indicar a necessidade de tratamento cirúrgico.


Conclusão

O pessário vaginal é uma ferramenta valiosa no manejo dos prolapsos uterino e vesical, proporcionando alívio dos sintomas e melhoria na qualidade de vida. É uma opção segura, eficaz e conservadora que deve ser considerada no tratamento das pacientes com prolapso, principalmente aquelas que desejam evitar ou postergar a cirurgia.

Se você sofre com sintomas relacionados ao prolapso, procure um especialista em saúde da mulher para avaliação e orientação sobre o uso do pessário vaginal.

 

Irregularidade Menstrual

16 outubro, 2025

Menstruação irregular pode ser normal em algumas fases da vida, mas também pode indicar alterações hormonais, doenças ginecológicas ou fatores emocionais. O acompanhamento médico é essencial para identificar a causa e tratar corretamente.

          Menstruação irregular: causas comuns e quando se preocupar

A menstruação irregular é uma das queixas mais frequentes nos consultórios ginecológicos. Embora possa ocorrer naturalmente em algumas fases da vida, como na adolescência ou na transição para a menopausa, também pode ser sinal de desequilíbrios hormonais ou condições clínicas que exigem atenção.

- O que é considerado menstruação irregular?

Um ciclo menstrual regular dura entre 21 e 35 dias, com variações de até 7 dias entre um ciclo e outro. Quando há mudanças significativas na frequência, duração ou intensidade do fluxo, como menstruações que vêm duas vezes no mês, atrasam por semanas ou desaparecem por meses, isso é considerado irregular.

-  Principais causas da menstruação irregular

  • Alterações hormonais naturais: comuns na adolescência, pós-parto, climatério e menopausa

  • Síndrome dos ovários policísticos (SOP): causa ciclos longos, ausência de ovulação e acne

  • Estresse emocional e físico: afeta o eixo hormonal e pode interromper o ciclo

  • Excesso de atividade física ou transtornos alimentares: como anorexia ou bulimia

  • Doenças da tireoide: hipotireoidismo ou hipertireoidismo alteram o ritmo menstrual

  • Uso de anticoncepcionais ou medicações hormonais: pode causar sangramentos irregulares

  • Miomas, pólipos ou endometriose: provocam sangramentos fora do período menstrual

-  Quando procurar ajuda médica?

Você deve buscar avaliação ginecológica se:

  • O ciclo estiver irregular por mais de 3 meses consecutivos

  • Houver sangramentos intensos ou prolongados

  • Surgirem sintomas como dor pélvica, fadiga ou alterações de humor

  • Estiver tentando engravidar sem sucesso

  • Sentir desconforto ou insegurança com as mudanças no ciclo

O médico poderá solicitar alguns exames  como dosagem hormonal, ultrassonografia ou colposcopia para investigar a causa e indicar o tratamento mais adequado.

- Tratamentos possíveis

O tratamento depende da causa identificada e pode incluir:

  • Reposição hormonal ou anticoncepcionais para regular o ciclo

  • Mudanças no estilo de vida, como redução do estresse e equilíbrio alimentar

  • Tratamento específico para SOP, miomas ou doenças da tireoide

  • Acompanhamento psicológico, quando há impacto emocional envolvido

Conclusão: Menstruação irregular não deve ser ignorada. Embora possa ser transitória, ela também pode sinalizar condições que afetam a fertilidade, o bem-estar e a saúde geral da mulher. O acompanhamento ginecológico é fundamental para garantir equilíbrio hormonal e qualidade de vida.

 

Implanon: o que é, como funciona e o que muda com a nova cobertura da ANS

13 outubro, 2025


O Implanon é um implante subdérmico contraceptivo de longa duração, composto por etonogestrel, um hormônio que inibe a ovulação. Inserido sob a pele do braço, o dispositivo libera doses constantes do hormônio por até três anos, oferecendo uma das formas mais eficazes de contracepção disponíveis atualmente — com taxa de eficácia superior a 99,9%.

- Novidades: cobertura obrigatória pelos planos de saúde

Desde setembro de 2025, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determinou que os planos de saúde devem cobrir o Implanon, ampliando o acesso ao método para milhares de mulheres brasileiras. Antes, o implante era restrito a clínicas privadas e tinha custo elevado, o que limitava seu uso. Agora, a inserção pode ser feita por meio dos convênios médicos, desde que respeitadas as diretrizes clínicas estabelecidas.

Além disso, o Sistema Único de Saúde (SUS) também passou a oferecer o Implanon, com previsão de distribuição de 500 mil unidades ainda este ano, reforçando o compromisso com a saúde reprodutiva.

- Benefícios do Implanon

  • Alta eficácia contraceptiva (99,95%) sem necessidade de uso diário
  • Duração de até 3 anos, com reversibilidade imediata após retirada
  • Discreto e prático, inserido sob a pele com procedimento simples
  • Redução de cólicas menstruais e melhora de sintomas relacionados à TPM
  • Pode ser usado por mulheres que não toleram estrogênio (método apenas com progestagênio)

- Efeitos colaterais possíveis

Como qualquer método hormonal, o Implanon pode causar efeitos adversos em algumas pacientes. Os mais comuns incluem:

  • Alterações no padrão menstrual (sangramentos irregulares, ausência de menstruação)
  • Sensibilidade mamária
  • Cefaleia
  • Alterações de humor

Esses efeitos variam de acordo com o organismo de cada mulher e tendem a diminuir com o tempo. É fundamental que a paciente receba orientação adequada antes da inserção e seja acompanhada por um profissional capacitado.

- Quem pode usar e como é feita a inserção

O Implanon é indicado para mulheres que desejam um método contraceptivo de longa duração, com baixa manutenção e alta eficácia. A inserção é feita em consultório médico, com anestesia local, e leva apenas alguns minutos. A remoção também é simples e pode ser feita a qualquer momento.

Com a nova regulamentação da ANS, mulheres que possuem plano de saúde podem solicitar a inserção do Implanon como parte da cobertura obrigatória, desde que haja indicação médica e cumprimento dos critérios clínicos estabelecidos.

Se você deseja saber se o Implanon é indicado para você, converse com seu ginecologista e avalie os benefícios e possíveis efeitos com base no seu histórico de saúde.

 

Puberdade Feminina

11 julho, 2024

     O desenvolvimento puberal normal é um processo que ocorre durante a adolescência em meninas e envolve uma série de mudanças físicas, hormonais e psicológicas. Essas mudanças são reguladas principalmente pelos hormônios sexuais, como o estrogênio e a progesterona, que são produzidos pelos ovários.

    

 A puberdade inicia-se geralmente entre os 8 e 13 anos, embora possa variar de acordo com fatores genéticos, nutricionais e ambientais. A primeira evidência visível do desenvolvimento puberal é o crescimento dos seios, conhecido como telarca. Isso ocorre devido ao aumento dos níveis de estrogênio, que estimulam o crescimento do tecido mamário.Após a telarca, ocorre o desenvolvimento de pelos pubianos e axilares, o que é chamado de pubarca. Esses pelos começam a crescer de forma fina e macia, tornando-se gradualmente mais espessos e escuros ao longo do tempo. A pubarca é influenciada pelo aumento da produção de hormônios androgênios, como a testosterona.


   

 Em seguida, ocorre o crescimento acelerado do corpo, conhecido como estirão puberal. Durante essa fase, ocorre um aumento significativo da altura, bem como do desenvolvimento de músculos e órgãos internos. Ocorrências como o crescimento dos pés, mãos e aumento da circunferência cefálica podem ser observadas.

  

  A menarca, que é a primeira menstruação, geralmente ocorre após o estirão puberal, por volta dos 12 aos 14 anos. Isso indica o início da capacidade reprodutiva da mulher. O ciclo menstrual normalmente leva algum tempo para se estabilizar, podendo variar em duração e intensidade nos primeiros anos.

    

    Além das mudanças físicas, o desenvolvimento puberal também está associado a alterações emocionais e psicológicas. As meninas podem experimentar mudanças no humor, aumento da sensibilidade emocional e preocupações com a aparência física.

    

    A avaliação ginecológica nesta fase é de suma importância para acompanhar o desenvolvimento puberal e detectar possíveis alterações deste ciclo.






















                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                       Fonte: Revista Saúde

 

Desejo Sexual e Menopausa

2 julho, 2024

    A menopausa é um período da vida da mulher marcado pela interrupção da menstruação e da capacidade reprodutiva, devido à diminuição dos níveis de hormônios sexuais, principalmente estrogênio. Durante essa fase, é comum que ocorram alterações no desejo sexual, podendo surgir o Desejo Sexual Hipoativo (DSH), que é caracterizado pela falta ou redução do interesse sexual.


    Essa diminuição do desejo sexual na menopausa pode ser atribuída a diversos fatores, como as alterações hormonais, as mudanças físicas e emocionais causadas pela menopausa, bem como aspectos psicossociais e relacionais. Além disso, sintomas como ressecamento vaginal e  dor durante o sexo podem contribuir para a redução do desejo sexual.


    Para tratar o DSH na menopausa, é importante buscar uma abordagem integrativa, que inclua tanto intervenções farmacológicas como não farmacológicas. Alguns tratamentos incluem a reposição hormonal, terapias sexuais, práticas de relaxamento, modificações no estilo de vida (como dieta saudável e prática de exercícios físicos) e o uso de lubrificantes vaginais.


    É fundamental que a mulher busque a orientação de um ginecologista para avaliar o quadro individualmente e encontrar a melhor abordagem terapêutica para o DSH na menopausa. Além disso, é importante manter uma comunicação aberta com o(a) parceiro(a) para garantir o suporte emocional e apoio necessário durante esse período de mudanças físicas e emocionais.

 

Menopausa e Osteoporose

19 junho, 2024

    A osteoporose é uma condição médica que enfraquece os ossos, tornando-os mais frágeis e suscetíveis a fraturas. Ela ocorre quando o corpo perde mais osso do que consegue produzir, resultando em uma diminuição da densidade óssea.

    As principais causas de perda óssea são:

- Fatores genéticos

- Baixa ingestão de cálcio e vitamina D

- Menopausa e envelhecimento

- Sedentarismo

- Tabagismo e consumo excessivo de álcool

- Uso prolongado de certos medicamentos, como corticosteroides

    A osteoporose é mais comum em mulheres, especialmente após a menopausa, devido à diminuição dos níveis de hormônios femininos que protegem os ossos. No entanto, homens também podem desenvolver osteoporose, principalmente em idades mais avançadas.

    O diagnóstico da osteoporose pode ser feito através do exame de densitometria óssea. Avaliação de fatores ambientais, história familiar, doenças preexistentes, uso de certos medicamentos pode nos fornecer informações e avaliar mais precocemente aqueles paciente com risco maior de desenvolver osteoporose.

    O tratamento da osteoporose geralmente envolve uma abordagem multifacetada, que inclui mudanças no estilo de vida, suplementação nutricional e, em alguns casos, medicação. É importante consultar um médico para avaliação e orientação adequadas, considerando as necessidades individuais de cada pessoa.

 

Ressecamento vaginal. Como tratar?

14 junho, 2024

        A síndrome genitourinária da menopausa (ou atrofia urogenital) é uma condição que afeta as mulheres durante a menopausa, causando sintomas relacionados ao trato genital e urinário devido à diminuição dos níveis de estrogênio. Alguns sintomas comuns incluem ressecamento vaginal, coceira, queimação, dor durante o sexo, aumento da frequência urinária, infecções urinárias recorrentes e incontinência urinária.

        O tratamento da síndrome genitourinária da menopausa geralmente envolve terapias de reposição hormonal, que ajudam a fornecer estrogênio diretamente aos tecidos afetados. Também existem outras opções de tratamento, como lubrificantes vaginais, cremes vaginais hidratantes, terapia com laser e radiofrequência, medicamentos específicos para a incontinência urinária, entre outros.

        Converse com seu médico para avaliar o melhor tratamento para seu caso!

 

O que é menopausa?

12 junho, 2024


    Menopausa significa a última menstruação da mulher, findando sua vida reprodutiva.

    Se determina a última menstruação após ficar um ano sem ciclo menstrual algum.

    O climatério é o período de transição que antecede a menopausa, caracterizado por algumas alterações hormonais alguns sinais e sintomas característicos desse período.

    Os principais sinais e sintomas da menopausa são:

- irregularidade menstrual

- ondas de calor (fogachos)

- suores noturnos

- insônia

- alteração de humor

- ressecamento vaginal (síndrome urogenital da menopausa)

- diminuição do desejo sexual

- ganho de peso

- mudanças na textura da pele e cabelo

- perda da densidade mineral óssea (osteopenia/osteoporose)

    As opções de tratamento são inúmeras e devem ser avaliadas de forma individualizada para cada paciente, de acordo com suas queixas.

    Os tratamento podem incluir terapias hormonais, fitohormônios, suplementos, mudanças na dieta e estilo de vida, terapias complementares como acupuntura, fisioterapia, laser/radiofrequência.

    Converse com seu médico para avaliar a melhor opção para você!

 

A Rotina Ginecológica

7 agosto, 2023

Olá! Vamos falar sobre a importância dos exames ginecológicos e sua rotina. Cuidar da saúde íntima é fundamental para o bem-estar de todas as mulheres.

Os exames ginecológicos são essenciais para a prevenção e detecção de doenças, como o câncer de colo do útero e o câncer de mama, além de auxiliar no diagnóstico de outras condições como infecções e desequilíbrios hormonais.

O primeiro exame que precisa entrar na sua rotina é o Papanicolau, que avalia a saúde do colo uterino e busca identificar possíveis alterações pré-cancerígenas ou cancerígenas. É recomendado que a mulher comece a fazê-lo a partir dos 24 anos, ou antes disso caso haja alguma queixa ginecológica. A frequência pode variar (geralmente é de 1 a 3 anos) e o melhor é consultar seu médico para definir o intervalo certo.

Outro exame importante é a mamografia, indicada para identificar precocemente o câncer de mama. Dependendo da idade, histórico familiar e outros fatores, a orientação médica pode variar em relação à época ideal para começar a fazer esse exame.

Além desses, há outros exames que podem ser recomendados, como o ultrassom pélvico e a colposcopia, que auxiliam na investigação de possíveis alterações ou doenças no útero, ovários e nas regiões íntimas.

É válido lembrar que cada mulher possui necessidades específicas, então é sempre importante consultar um ginecologista para avaliar sua situação individualmente e definir a melhor periodicidade de exames.

Lembre-se de que esses exames ginecológicos são fundamentais para a prevenção e detecção precoce de problemas, proporcionando maior eficácia no tratamento, caso seja necessário. Priorize sua saúde e cuide-se sempre!